Toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor (1 Pe 1:24). Nesse versículo o apóstolo Pedro sintetizou aquilo que o profeta Isaías escrevera muitos anos antes. Vejamos sua ideia completa: A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse. Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente (Is 40:5-8).
Essas duas porções da Palavra foram escritas de forma tão bela e poética que nem parecem revelar algo triste da vida humana: elas anunciam a agonia do homem. Um dia, não muito longe, o Senhor da glória, o Senhor da vida, o Eterno, despontará dos céus; então, num pequeno lapso de tempo toda carne verá a glória de Deus e a pequenez do homem; verá o eterno Deus e o finito homem. Que fazer?
Procurar esquecer essa verdade absoluta, continuar correndo como se não houvesse um fim? Há cura para esse pobre homem?
Nosso Deus, que é cheio de misericórdia, deseja nos acudir e nos tirar dessa situação. Ele ordena que uma voz se levante e clame: Toda a came é erva. Parece que Ele já tinha falado ao homem, mas por este não ouvi Lo, alguém precisou clamar, gritar, querendo, assim, chamar sua atenção. Nós também gritamos quando as pessoas não estão despertas, quando estão distraídas. Quando o profeta clamou dizendo que a carne é erva, ele queria mostrar que a vida humana está perecendo. Perece porque é frágil, não tem sustentação em si, não passa de uma nuvem que logo se dissipa. Quando o profeta clamou dizendo que a glória do homem é como a flor da erva, ele não estava ignorando que o homem, como criatura de Deus, tem sua glória. Veja o nível de conhecimento que o homem detém: domina o espaço, a terra e os oceanos. Ninguém pode duvidar que o homem tem glória. Mas qual é a duração dessa glória? A mesma das tulipas e papoulas, belas e frágeis ervas do campo que, durante a primavera, saem exuberantes mostrando suas cores e vivacidade. Lamentavelmente, não resistem ao calor do sol, que as faz murchar e cair no chão. O homem é belo feito uma tulipa e breve como uma papoula.
Há, porém, uma boa-nova que o Senhor eterno pediu para ser clamada: Eis aí está o vosso Deus! (Is 40:9). Deus está aqui para mudar esse quadro de brevidade, ilusão e morte. Há algo que não murcha e que não se perde com o tempo: a vida de Deus. Essa vida está sendo pregada hoje aos quatro cantos da terra, por meio do evangelho, que é a maior boa-nova que o homem pode escutar. Até mesmo você, que está lendo este artigo agora, pode receber essa vida; basta crer no coração e orar: "Senhor, eu me abro a Ti. Reconheço minha limitação e sei que também estou murchando a cada dia. Põe a semente da vida divina em mim. Quero Te receber como meu Senhor eterno. Amém!".
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